Segundo o DSM-IV, a característica essencial do Transtorno de Conduta é um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes apropriadas à idade.
A conduta é mais séria do que as travessuras e brincadeiras comuns das crianças e adolescentes. O Transtorno de Conduta é caracterizado por um padrão repetitivo e persistente de conduta anti-social, agressiva ou desafiadora. Os comportamentos desse transtorno se enquadram em quatro agrupamentos principais: conduta agressiva que causa ou ameaça danos físicos a outras pessoas ou animais; conduta não-agressiva que causa perdas ou danos a propriedades; defraudação ou furto e sérias violações de regras. A perturbação do comportamento causa prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
Julgamentos acerca da presença de transtorno de conduta devem levar em consideração o nível de desenvolvimento da criança. Este diagnóstico aplica-se apenas a pessoas menores de 18 anos de idade.
O transtorno de Conduta é mais comum em filhos de pais com distúrbio na personalidade anti-social e dependência de álcool, do que na população em geral. Condições domésticas caóticas, abuso infantil e negligência estão associados como transtorno de conduta e deliquência.
As crianças criadas em condições caóticas e negligentes tornam-se zangadas, exigentes, perturbadoras e incapazes de desenvolver, progressivamente, a tolerância a frustração, necessária para relacionamentos maduros. Uma vez que, seus modelos de papéis são deficientes e frequentemente mudam, não existe a base para o desenvolvimento, tanto de um ideal de ego quanto de consciência.
Os individuos com este transtorno também cometem sérias violações de regras. As crianças apresentam como padrão, iniciando-se prematuramente aos 13 anos de idade, permanência fora de casa até tarde da noite, apesar das proibições dos pais, como também, pode haver fugas de casa durante a noite.
Esses indíviduos podem ter pouca empatia e pouca preocupação pelos sentimentos, desejos e bem-estar dos outros. Especialmente em situações ambíguas, as crianças com este transtorno em geral, percebem mal as intenções dos outros, interpretando-as como mais hostis e ameaçadoras do que de fato são.